O quase-herói gente como a gente.
Scott Lang é o sucessor de Hank Pym, assumindo o manto de Homem-Formiga. E isso você já sabe, porque você assistiu ao filme que estreiou ano passado. E esse é um fato interessante, pois a primeira revista dessa fase do Homem-Formiga foi lançada em janeiro de 2015, justamente para promover o lançamento do filme.
Interessante dizer também, que a HQ tem a mesma pegada do filme, ambos são Scott Langs muito parecidos.
Nesse encadernado, vemos Scott tentando começar uma nova vida, um novo emprego, nova casa, etc... para reconquistar o amor de sua filha, Cassie. Os obstáculos pra isso são vários: as pessoas que não acreditam que um ex ladrão possa ser capaz disso, os vilões (óbvio), e, claro, a ex mulher de Lang.
Ele tenta até arranjar um bico pro Homem de Ferro (o superior) mas não dá muito certo. Então ele decide abrir uma empresa de segurança. O que faz todo sentido, pois "Quem melhor pra proteger suas coisas do que aquele que costumava rouba-las?" Esse é o lema.
O engraçado, é que Nick Spencer, roteirista da história, usa e abusa de termos heróis, não somente do universo Marvel, mas também do contexto de super heróis em si. Spencer também constrói um Homem-Formiga fracassado, que inclusive anda com seu uniforme na rua no meio das pessoas e ninguém liga, ate porque ele mesmo reconhece seu fracasso. Além disso, Nick também busca acontecimentos muito antigos na cronologia do herói, com personagens antigos e fatos também. Isso torna a história muito mais rica e legal.
A trama é interessante. A leitura flui muito bem e é divertida. Há muitas referências a cultura pop em si, como músicas, filmes e seriados (até mesmo séries recentes). Essas referências são mostradas pelo próprio Scott conforme vai narrando sua vida e em algumas cenas também.
Legal ver que o cara é tão fracassado que contrata os próprios vilões pra trabalhar com ele. O Homem-Urso é um deles, por exemplo, e que encaixa muito bem como personagem de apoio.
Vale dizer também, que o roteiro respeita a cronologia atual do universo Marvel. Um exemplo é quando eles estão em um determinado momento e um dos coadjuvantes diz algo como: "um Capitão América branco e o Thor homem? Onde ja se viu. Que absurdo!" E não é ironia, é só jogar "nova Thor" e "novo capitão América" no Google e você verá. Inclusive, isso que eu acabei de fazer (pedir pra pesquisar no google) é um recurso utilizado por Scott Lang nas narrações da série e é muito divertido.
Um gibi engraçado de verdade, com sacadas muito boas que vale a pena ser lido por aquele que gosta de uma história casual e divertida de um herói que nem é tão mainstream assim.
Por hoje é isso, até ao próximo post!
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