Um herói arqueiro em cima de uma nave alienígena e/ou dando flechadas em robôs super inteligentes: se é isso que você imagina quando lê o nome Gavião Arqueiro, mude seu conceito, pois aqui temos um Clint Barton muito mais humano e realista do que o Clint Barton do cinema, por exemplo.
Roteirizada por Matt Fraction, nos traços de David Aja e vários outros artistas de renome, muito bem aceita e recebida pela crítica, Minha Vida Como Uma Arma veio pro Brasil em formato de encadernado pela Panini. Na verdade já estava sendo lançada nas mensais de 'Capitão América e Gavião Arqueiro', mas decidiram relançar essa fase do personagem em encadernado.
O que eu tenho pra falar dessa série é que eu realmente me surpreendi. Não sou muito chegado ao Gavião Arqueiro, talvez pela imagem que ele passa no cinema, e pelas aparições dele nas HQs que já li dos vingadores. Porém essa história já conquista nas primeiras páginas, onde você vê o cara meio que caindo de um prédio e dizendo "Ok... Isso parece ruim..."
Realmente, o cara não tem super poder, ele não pode simplesmente voar e se salvar! Isso parece mesmo muito ruim.
Virada a página, vemos ele caindo no chão e se quebrando, depois todo engessado no hospital.
Já dá pra entender que o que será explorado é o lado humano do herói. Por exemplo, ao invés de vermos um Clint Barton lutando contra monstros, temos um Barton extremamente preocupado salvando a vida de um cachorro (literalmente), ou ajudando seus vizinhos a pagarem o aluguel.
A narrativa vai se construindo com Barton ao lado de Kate Bishop, sua parceira impagável, e também Gaviã Arqueira. Os dois tem personalidades parecidas e se dão muito bem ao longo da historinha e quebra aquele clichê de que o herói fica com a mocinha em um final feliz. A 'relação' dos dois é discutida em certas partes da história, pois a HQ também traz pensamentos profundos do personagem.
Quanto a arte e os desenhos, a sensação é de que o gibi foi feito na década de 90/2000. As cores tem um tom realista, assim como os traços grossos e pesados. As vezes se tem a sensação de que se está lendo a HQ de Jessica Jones do Gaydos. Essa comparação serve também pra humanização dos heróis, que são muito bem posicionadas no roteiro, e nunca é uma coisa cansativa, e sim, envolvente.
Ainda falando da arte de David Aja, que parece muito um filme que gosta de mostrar detalhes minimalistas em certas cenas, casa perfeitamente com o roteiro de Fraction e nos traz uma história divertida e muito bacana de se ler.
Em paralelo a isso temos mais duas historinhas nessa edição da Panini, que continuam na mesma pegada. Uma que mexe mais com o lado da Shield, uma trama bem interessante com um enredo um pouco misterioso. E a última se trata mais da heroína Kate Bishop que é integrante dos Novos Vingadores mas ainda tem o Arqueiro como seu 'mentor'.
Vale lembrar que a Panini lançará essa fase do personagem em 4 encadernados, mas vale muito a pena conferir, até você que não entende muito do universo dos quadrinhos e quer ler alguma coisa de herói!
Até a próxima! :D
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