Tocante, emocionante, e ficção científica de ponta!
É muito legal quando um gênero ganha várias vertentes diferentes, mas não foge da sua proposta. Ultimamente o cinema tem tido vários exemplos disso com filmes de ficção científica que exploram temas espaciais, dados científicos reais, e com muita veracidade. Quando se tratam de alienígenas as coisas começam a ficar um pouco complicadas, mas ainda assim tivemos um bom exemplo disso com Rua Cloverfield, 10 no ano passado, do famigerado J.J. Abrams, que trazia os monstrengos alienígenas, mas explorava uma vertente totalmente diferente, a do suspense psicológico.
A Chegada, felizmente, é diferente de tudo isso, mas com vários aspectos iguais. A direção de Denis Villeneuve deixa tudo surpreendentemente dignos de prender a atenção de quem assiste, assim como o roteiro de Eric Heisserer. Em tempos onde os filmes blockbusters, para serem blockbusters, precisam de muita ação, explosão, lutas, e etc, e quando se trata de alienígenas, precisa ter o tão esperado ataque alienígena, a dupla consegue fazer um trabalho incrível com a história, que traz a ‘chegada’ de 12 naves alienígenas à Terra em países distintos.
Depois de uma breve comunicação com os alienígenas na gigantesca nave espacial em forma de concha, o exército americano decide pedir ajuda à Louise Banks (Amy Adams), uma comunicóloga e linguista profissional que leciona em uma universidade, para tentar desvendar o que os convidados extraespaciais querem com sua estadia na terra.
Amy Adams como Louise Banks |
A partir daí as coisas já começam a acontecer de forma bem desenvolvida. Louise, ao lado do matemático Ian Donelly (Jeremy Renner), comandados pelo carrancudo Coronel Weber (Forest Whitaker), ficam a frente da equipe de comunicações para tentarem conversar com os monstrengos alienígenas. A interação dos três personagens durante todo o filme é muito boa, principalmente de Louise e Ian, que vão desde o começo com o estranhamento de todo aquele ambiente tecnológico e com uma gravidade diferente e peculiar, até o fim do filme, com um desenvolvimento construído de forma excelente. Amy Adams é a que mais se destaca dos atores, com muita expressividade e conseguindo demonstrar muito bem o que a personagem sente em certos momentos.
Muito além de um “O que vocês querem aqui?” ou “Qual é o propósito de vocês?”, Louise se conecta emocionalmente com os seres alienígenas, um dos pontos mais altos do filme. Isso mostra que a comunicação, mesmo entre seres humanos, mas no caso do filme, entre seres de outras terras (ou universos), vai além do simples ato de falar. Há todo um contexto por trás da comunicação dos alienígenas que Louise e Ian conseguem interpretar, mas não só por serem profissionais no que fazem, e sim por serem humanos capazes de sentir emoções e muitas outras peculiaridades de seres vivos. Seres com experiências pessoais próprias e que talvez por causa disso conseguiram desvendar o mistério dos seres. Especialmente Louise, que tem uma subtrama essencialmente importante para toda a história com sua filha, Hannah.
Apesar de sutilmente, elementos fortes de ficção científica estão presentes aqui, tratados com muita delicadeza, mas de forma muito inteligente. O único ponto que pode ser considerado um problema do filme é que o ato final demora muito para acontecer, é basicamente nos últimos minutos do filme que conseguimos realmente ver com clareza com o que o mundo está lidando e a resolução final de tudo. Mas talvez não influencie muito, pois todo o filme prende muito pela curiosidade. O que ajuda muito também é a incrível trilha sonora e os efeitos sonoros, que dão um toque dramático a mais no filme.
A Chegada é um filme impressionante. Apesar de em alguns momentos não parecer tão real tudo aquilo que é mostrado, todas as cenas de comunicação com os alienígenas são com certeza as melhores, e toda a questão humana presente no filme, mostrada nas atitudes dos países, em como eles reagem com uma hospedagem alienígena completamente inesperada, tudo isso deixa o filme muito mais rico. E, claro, a resolução de tudo é digna de ser comparada a livros de Arthur Clarke e até mesmo Isaac Asimov.
Muito além de um “O que vocês querem aqui?” ou “Qual é o propósito de vocês?”, Louise se conecta emocionalmente com os seres alienígenas, um dos pontos mais altos do filme. Isso mostra que a comunicação, mesmo entre seres humanos, mas no caso do filme, entre seres de outras terras (ou universos), vai além do simples ato de falar. Há todo um contexto por trás da comunicação dos alienígenas que Louise e Ian conseguem interpretar, mas não só por serem profissionais no que fazem, e sim por serem humanos capazes de sentir emoções e muitas outras peculiaridades de seres vivos. Seres com experiências pessoais próprias e que talvez por causa disso conseguiram desvendar o mistério dos seres. Especialmente Louise, que tem uma subtrama essencialmente importante para toda a história com sua filha, Hannah.
Apesar de sutilmente, elementos fortes de ficção científica estão presentes aqui, tratados com muita delicadeza, mas de forma muito inteligente. O único ponto que pode ser considerado um problema do filme é que o ato final demora muito para acontecer, é basicamente nos últimos minutos do filme que conseguimos realmente ver com clareza com o que o mundo está lidando e a resolução final de tudo. Mas talvez não influencie muito, pois todo o filme prende muito pela curiosidade. O que ajuda muito também é a incrível trilha sonora e os efeitos sonoros, que dão um toque dramático a mais no filme.
A Chegada é um filme impressionante. Apesar de em alguns momentos não parecer tão real tudo aquilo que é mostrado, todas as cenas de comunicação com os alienígenas são com certeza as melhores, e toda a questão humana presente no filme, mostrada nas atitudes dos países, em como eles reagem com uma hospedagem alienígena completamente inesperada, tudo isso deixa o filme muito mais rico. E, claro, a resolução de tudo é digna de ser comparada a livros de Arthur Clarke e até mesmo Isaac Asimov.
Título: A Chegada (Arrival)
Direção: Denis Villeneuve
Duração: 2h00m
Nota do IMDb: 8,2/10
Rotten Tomatoes: 94%
Avaliação do Nerd: ✫✫✫✫ [a avaliação do Nerd vai de
✫ (uma estrela) a ✫✫✫✫✫ (cinco estrelas)].
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