sábado, 30 de abril de 2016

Capitão América: Guerra Civil | Crítica

Por Unknown   Postado em  07:21   marvel Nenhum comentário

Finalmente a Guerra Civil está entre nós. De cara, já posso dizer que até agora esse é o filme mais importante da Marvel, e o mais bem resolvido de todos.



Pode até parecer que não, mas a Marvel, junto com os diretores Joe e Anthony Russo, não tinha uma tarefa simples pra esse filme. Dentre várias delas, algumas; apresentar novos personagens que nunca antes foram vistos em outra mídia além dos quadrinhos (o Pantera Negra e o vilãozinho Ossos Cruzados), inserir um novo personagem que na verdade é o mais conhecido de todos, e ainda assim construir um script legal pro mesmo, pra que os fãs o aceitem (o Homem Aranha), continuar no mesmo DNA de diversão mas explorar mais forte o psicológico dos personagens criando um tom sombrio de uma verdadeira guerra (as tretas do Capitão e Stark).
E felizmente, tudo isso foi realizado, e muito, muito bem feito. Começando pela trama, que foi baseada num dos eventos mais importantes dos quadrinhos da Marvel (a saga Guerra Civil), que envolvia praticamente todos os heróis da editora na história. Adaptar isso pras telonas também não era fácil.

O filme começa com um flashback do soldado invernal, em 1991, e se constrói a partir daí, já que o título do filme é 'Capitão América'. A seguir vemos aquelas cenas de ação com alguns dos vingadores, coisa que já estamos acostumados a ver, mas algo dá errado e esse algo é o que faz a tal guerra de desenvolver.
Os problemas que os vingadores tem deixado para a população são grandes, e o governo decide interferir nisso, com o Tratado de Sokovia. Os heróis agora devem ser controlados pelo governo, e só interferir se for necessário. Como de esperado, Tony Stark assina esse Tratado, e seus motivos foram bem psicológicos. O filantropo sente culpa pelas coisas ruins que aconteceram e sente a necessidade de ser controlado. Já Steve Rogers, o Capitão, recusa, pois suas ideologias não permitem aceitar que seres superpoderosos não possam intermediar em determinadas ocasiões. E se o governo não permitir que os vingadores apareçam em uma cena que eles deveriam agir?!
Toda essa primeira cena em que o grupo se reúne para discutir o tratado é importante, e foi bem construída pelos diálogos entre Visão, Viúva Negra, o comandante Rhodes e os próprios Stark e Steve Rogers.
Dá pra defender os dois times, dá pra torcer por um e pelo outro ao mesmo tempo, pois o roteiro do filme é bem amarrado a ponto de não dar para odiar nenhum ou outro. Mas sentir muitas emoções, é claro, durante o filme todo.

Em paralelo a isso, o filme também apresentou personagem até então desconhecido, o Príncipe T'challa, filho do governador da nação africana Wakanda. T'challa é o Pantera Negra, e o personagem na trama é muito bem trabalhado e bem localizado em suas cenas, sem a necessidade de ficar se explicando na história.
Bucky, o Soldado Invernal, continua tendo grande relevância nesse filme, as coisas acontecem a partir de fatos - até mesmo antigos e esquecidos - que envolviam o Soldado.

Sobre a trama, é bom ir parando por aqui para não dar um spoiler sem querer.
As atuações vem seguindo a mesma qualidade da Marvel nos filmes anteriores, mas agora, os principais estão um pouco mais sérios, principalmente Stark, que não faz piada o tempo todo, mas transparece um peso de culpa muito grande e Downey Jr. sabe mostrar isso muito bem com aqueles olhares shakesperianos do personagem.

A cena do aeroporto, que aparece no trailer, é grandiosa. Temos a verdadeira pancadaria entre os dois times, e querendo ou não lembra a Guerra dos quadrinhos, especialmente pela participação do Homem Formiga, que nos traz uma surpresa de habilidade. A cena é uma das melhores do filme, e mais divertidas de assistir. As interações dos personagens são excelentes e cada um tem seu devido tempo de tela que é muito bem elaborado no filme.
E o que falar desse Homem-Aranha? Foi introduzido de antemão, mas teve uma relevância nessa parte do filme. Sua diversão e alívio cômico encaixaram perfeitamente com a seriedade dos personagens que já estavam ali. Tom Holland foi a escolha perfeita para viver o novo amigão da vizinhança.
As interações entre os heróis do time do Capitão América foram lindas de se ver.
O principal: as brigas entre Capitão e Homem de Ferro são lindas de se assistir. Tanto os diálogos de Stark e Rogers, quanto as batalhas físicas dos mesmos.
É incrível ver como a Marvel fez tudo acontecer. É como se todos os filmes, desde 2008, foram feitos e elaborados pra chegar nesse filme. Tudo foi muito bem resolvido.
Exceto por algumas cenas de ação, que dá pra perceber claramente que não são reais, como por exemplo a cena em que o Pantera Negra persegue o soldado invernal e o Capitão América também, ficou um pouco artificial. Você não sente o peso do carro capotando, percebe que tudo que ta ali foi feito por computador... essas coisas que incomodam um pouco.

O Time Homem de Ferro, sério e pesado, defendendo suas ideologias a qualquer custo.
Guerra Civil é um filme excelente. Só mostra o quanto a Marvel sabe fazer as coisas bem feitas e não está brincando de fazer filme. Surpreende no quesito de adaptação dos quadrinhos, e resolve muito bem o conceito de muitos heróis em um arco só, coisa que nos quadrinhos existe desde os primórdios.
Só nos resta esperar o que vai ser daqui pra frente, porque assim como todos os outros, é um filme do meio, e a sensação de que "não teve final" existe no filme. Mas, claramente, deu um leque de possibilidades para futuros filmes.
Termino dizendo que Homem-Aranha retornará!!!


Título: Capitão América: Guerra Civil
Duração: 2h27m
Diretores: Joe e Anthony Russo
Nota do IMDb:  8,7 / 10
Rotten Tomatoes: 93% / 100%
Avaliação do Nerd: ✫✫ [a avaliação do Nerd vai de ✫ (uma estrela) a ✫✫✫✫✫ (cinco estrelas)]

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