quinta-feira, 12 de maio de 2016

O Cavaleiro das Trevas III: A Raça Superior #1

Por Unknown   Postado em  16:32   quadrinhos Nenhum comentário

Eis que é chegada a hora de mais um capítulo deste Épico do genial Frank Miller...


Frank Miller desde 86
Tudo começou em 1986. A primeira publicação do título Cavaleiro das Trevas de Frank Miller, escrita e desenhada pelo mesmo. Miller não sabia (ou talvez sim), mas sua obra traria novos ares para a industria dos quadrinhos e viria a revolucionar o modo das histórias, especificamente as do Morcegão, vulgo Batman.
Isso se deve ao fato de que a editora deu liberdade total à Frank Miller para escrever uma história do herói, que hoje é a mini-série mais marcante na vida da longa jornada do Morcego. Frank mudou o estilo dos tradicionais quadrinhos coloridos e felizes, e trouxe um sombrio e realista universo que chega a passar medo em certos momentos. As páginas que tinham no máximo 8 quadros passaram a ter 16, uma diagramação inédita até então, que segundo ele, trouxe uma musicalidade agitada para história, que era interrompida, intencionalmente, por uma página com um único desenho, de um Batman parrudo sobrevoando Gotham, por exemplo.

Na trama, um velho e raivoso Bruce Wayne, que já está aposentado do seu posto de vigilante há 10 anos. Por lei, não há heróis no planeta e a criminalidade aumenta em Gotham City com a gangue denominada "mutantes" (que são bizarros, por sinal), e faz com que o velho Wayne retorne das trevas com um Batman muito mais sanguinolento. Aqui, Miller apresenta um Batman traumático e bruto, que pra combater o mal usa a violência muito mais que o normal, tudo pela justiça.
Fato acima polariza a população. Há aqueles que acusam o vigilante de mau caráter e fora-da-lei, e os que apoiam o que o Batman faz. E não foi só o povo e a mídia que se agitou; um já senhor Coringa localizado no Asilo de Arkham desperta seus desejos criminosos, assim como Harvey Dent, o Duas-Caras.
Surge também um novo Robin, que é uma adolescente que só faz crescer o bafafá na mídia.

Tudo isso, faz com que o governo faça um papel de 'isqueirinho' e coloca o Super-homem pra lutar contra Batman, que protagonizam uma batalha épica (a mais genial dos dois heróis).

O Cavaleiro das Trevas 2
Anos depois, em 2002, Miller ouviu os fãs e produziu o segundo capítulo da Saga. Porém, dessa vez as críticas foram na maioria negativas, pois Frank entregou uma história mais ou menos, com desenhos (comparados aos do capítulo anterior) relativamente bugados e não agradou nem a maioria dos DCnautas.
Lynn Varley, sua esposa, que também trabalhou ao lado do marido no primeiro material, também deslizou com cores muito vivas, totalmente diferente do proposto universo e desagrandando muitos fãs.

The Master Race
Por fim, chegamos em 2015, quando Frank Miller junto com a DC Comics anunciou o terceiro capítulo do Cavaleiro das Trevas. Dessa vez, ao lado de Brian Azzarello nos roteiros, Andy Kurbet e Klaus Janson na arte (esse último já antigo aliado de Miller) e Brad Anderson nas artes-finais.

Originalmente publicada em Janeiro desse ano, o primeiro volume de O Cavaleiro das Trevas III: A Raça Suprema chega ao Brasil em abril (mais especificamente nas bancas em maio) quase do mesmo jeito que a publicação lá de fora. Serão 8 revistas mensais focadas para a história, não com todas as pacas variantes, mas apenas algumas delas.

Em um contexto geral, o primeiro volume nos traz uma baita HQ. O acabamento da revista está mais trabalhado, a qualidade gráfica está excelente e as páginas parecem até de encadernado, de tão bem impressas (vale o investimento de R$9,90). CDTIII é mais uma tentativa de revitalizar uma franquia antiga, só que dessa vez está dando certo.
Sobre esse primeiro capítulo o que se sabe sobre o roteiro é: nada. O primeiro volume serve pra reapresentar o universo isolado criado pelo Miller, e também para inserir na trama novamente as personagens mulheres: Carrie Kelley, Lara e Diana, a Mulher Maravilha.
No capítulo também podemos ver uma mesmice de Miller: a atuação da mídia na história, que vem desde a primeira HQ de 1986. É interessante porque poderia ser chato por ser repetitivo, mas dá um ar de djavú como se fosse pra gente esperar que vem merda por aí... Afinal o Batman tá de volta!

No geral, a HQ, com cinco edições já publicadas lá fora, está recebendo uma recepção calorosa na crítica. Segundo os reviews da internet, aqui temos o bom e velho Frank Miller (assim como o bom e velho Batman do mesmo) de volta e um ótimo Brian Azzarello.

Por enquanto, ainda não se dá pra entender nada sobre a história em si, mas é visualmente excelente ver traços do clássico Miller nessa HQ, ainda que seus rabiscos estejam totalmente - e talvez até exageradamente - digitalizados (em algumas cenas as cores são tão vívidas que nem parece uma história do Batman). Porém é uma ótima leitura para os que estavam aguardando uma coisa acima da média de Frank Miller dessa vez. Por isso, como disse acima, vale a pena investir.
E é claro que, no fim do capítulo, o mistério está presente, o me fez roer as unhas... Então o que nos resta é aguardar as próximas 7 edições pra ver onde tudo isso vai parar.

As capas do 1° volume aqui no Brasil:




Capa da mini-revista Átomo n°1
Bônus: Átomo #1
Junto com o gibi, veio uma mini-revistinha com um capítulo de Átomo, narrada pelo personagem. Olha, é uma historinha a mais baseada no universo do Miller. Não é indispesável, mas é legalzinho de se ler e eu espero que nas próximas edições a Panini coloque essa revistinha também!

 

Lembrando que antes de lançar definitivamente a Panini disponibilizou no site uma prévia da revista, com as três primeiras páginas, que eu vou colocar aqui abaixo. Divirtam-se! :)






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